Não existe uma referência exata ou registro histórico sobre a real origem churrasco, presume-se que foi a partir do domínio do fogo por nossos ancestrais na pré-história. O homem passou a assar a carne vinda da caça ao perceber que este processo deixava a carne mais macia e saborosa. Com a evolução humana, novas técnicas foram desenvolvidas inicialmente com caçadores e criadores de gado, utilizando-se do que tinham disponíveis como tipos de carnes e lenha.
Hoje se pode considerar que churrasco é todo o prato feito à base de carnes, seja ela “in natura” ou processada, quando assada sobre fogo ou brasa originados de lenha ou carvão, utilizando grelhas ou espetos, tanto de madeira como de metal. Com papel importante na formação da identidade cultural gaúcha, o churrasco é uma das maiores tradições da região. Com origem em terras remotas dos pampas, a carne na brasa ao estilo do Rio Grande do Sul ganhou o resto do país. O churrasco gaúcho nasceu em comunidades indígenas catequizadas por jesuítas, no século 17. Algumas décadas depois, tropeiros incorporaram o modo de preparo, desenvolvendo-o nas terras exploradas por eles.
A carne bovina era assada em estacas de madeira fincadas na terra e temperada com sal grosso e gordura. Os espetos eram cercados de lenhas que, quando queimadas, as peças. Com o tempo, o churrasco se espalhou por todo o Brasil, ainda mais com a facilidade de se conseguir uma churrasqueira portátil, ou mesmo as de alvenaria tornando-se uma das maiores marcas da cultura do Rio Grande do Sul. Na medida em que foi cruzando as fronteiras do Estado, a carne passou a ser elaborada de outras formas, de acordo com a região. Ao longo dos anos, estabeleceu-se a cultura da construção de churrasqueiras em lares de várias partes do país. Atualmente, carnes de vários animais são preparadas em milhares de churrascarias e residências de todo o Brasil, e o termo churrasco virou sinônimo de confraternização.